Uma vez fui convidado para um churrasco na casa de meu amigo Ronaldinho que na época era policial. A casa era enorme e o churrasco rolava à beira da piscina. Eu e minha esposa logo perguntamos por Doralice que era a atual mulher desse meu amigo policial e ele respondeu que ela não estava se sentindo muito bem por causa de uma gripe forte e resolveu descansar um pouco pra ver se melhorava.
Conversa vai, churrasco vem, a galera lá sambando e foi então que pedi para ir ao banheiro e ele me indicou o da piscina que ficava ali bem perto. A fila estava grande e era um só banheiro para homens e mulheres, pois o outro estava fechado. Voltei e perguntei se não tinha outro e ele gentilmente me levou até um dos banheiros dentro da casa e voltou lá pro churrasco.
Depois que me aliviei, saí em silêncio pelo corredor enorme em direção à sala, mas quando vinha passando vi uma porta entreaberta e olhei meio sem querer e foi quando vi Doralice deitada de bruços na cama só de calcinha e soutien. Passei rápido fingindo pra mim mesmo que não tinha visto aquilo em consideração ao meu amigo, mas não sei o que me deu e de repente lá estava eu entrando feito um gato silencioso no quarto do casal.
Doralice parecia uma escultura, uma obra de arte belíssima ali deitada seminua na minha frente e dormindo angelicalmente. Com o coração na mão, voltei até a porta e a encostei levemente sem fazer barulho. Fiquei ouvindo a voz de Ronaldinho lá no quintal cantando samba no Karaokê com os amigos. Olhei pela cortina da janela pra garantir, arriei minha bermuda, botei o mastro já duro feito pedra pra fora e bati a maior bronha silenciosa da minha vida.
Eu sabia que podia morrer assassinado a qualquer momento, mas morri mesmo foi de tesão ao explodir silenciosamente numa gozada histórica e mortal. Depois me limpei na beirada do lençol na cama, peguei meu celular e fiz várias fotos pra guardar de recordação daquele momento estupido e perigoso.
